REVISTA UBC: Sim, é possível receber valores retroativos, mas os prazos variam, e alguns deles podem ser curtos, o que sempre nos leva a recomendar: cadastre as suas músicas antes de subi-las às plataformas.
No caso de músicas que tocam numa plataforma como o YouTube, no Brasil, duas são as fontes do dinheiro que chegam até você, compositor: os valores relativos à execução pública, apurados pelo Ecad e distribuídos por sua associação — no caso, a UBC — e os direitos mecânicos.
Estes últimos podem ser pagos por uma editora/distribuidora digital ou por uma sociedade de gestão coletiva que represente você para esse fim. Caso você tenha subido as músicas ali através de uma distribuidora/agregadora digital, basta procurá-la para ter mais informações sobre os valores retroativos.
Via de regra, estes valores de direitos mecânicos ficam retidos pelo YouTube até um ano e meio depois da execução. Depois disso, o titular perde o direito a eles.
Já no caso da execução pública levada a cabo pelo Ecad/UBC/associações, o prazo é maior: até cinco anos depois de a música tocar, os valores ficam retidos esperando para serem corretamente distribuídos, no caso de problemas na identificação como a ausência de um registro.
Para evitar ter que correr atrás desse prejuízo, a gente repete bem claro: sempre procure cadastrar suas obras antes de movê-las por aí. Assim, fica muito facilitado o fluxo de cobrança da plataforma e distribuição do dinheiro.